Imagem: Freepik gerada com IA
A indústria de manufatura está em constante evolução, impulsionada por inovações tecnológicas que buscam otimizar a produção, melhorar a qualidade dos produtos, a segurança e reduzir custos, além de agregar sustentabilidade que, neste caso, se traduz, principalmente, em eficiência. Tecnologias que minimizam o consumo de energia, de água e reduzem a geração de resíduos ou cria meios de reutilizá-los estão ganhando destaque. Um dos campos que tem se beneficiado significativamente desses avanços é o dos processos de conformação, que incluem técnicas como estampagem, forjamento, extrusão e laminação.
A automação é, sem dúvidas, um dos principais exemplos, que já vem mostrando o seu potencial desde o conceito 4.0 e segue em ascensão com o conceito 5.0, impulsionado pela Inteligência Artificial. Robôs industriais são agora comuns em linhas de produção, realizando tarefas que antes exigiam intervenção manual. Assim, aumentam a velocidade de produção, melhoram a precisão e a repetibilidade, minimizando erros e reduzindo a exposição dos trabalhadores a riscos.
E por falar em indústria 5.0, temos os sistemas de monitoramento em tempo real, equipados com sensores avançados e conectividade IoT (Internet das Coisas), que permitem o acompanhamento constante dos processos de conformação. Esses sistemas fornecem dados valiosos sobre parâmetros críticos, como pressão, temperatura e velocidade, possibilitando ajustes imediatos e prevenção de falhas.
O uso de software avançado de simulação e design assistido por computador (CAD) também já é uma realidade há tempos, que revolucionou o planejamento e a execução de processos de conformação. Ao permitir que engenheiros modelem e testem peças virtualmente antes da produção física, esse sistema possibilita a identificação e correção de problemas potenciais. O resultado: uma redução significativa de desperdícios e, é claro, retrabalhos.
Em um outro nível, embora tradicionalmente não sejam considerados processos de conformação, a impressão 3D e a fabricação aditiva estão começando a se integrar aos processos de conformação convencionais, permitindo a criação rápida de protótipos e ferramentas personalizadas, bem como a produção de peças complexas que seriam difíceis ou impossíveis de se fabricar por métodos tradicionais. E a tempos surpreendentes!
O campo das inovações, no entanto, extrapola o chão de fábrica. O desenvolvimento de novos materiais com propriedades superiores têm permitido a fabricação de componentes mais leves, fortes e duráveis. Ligas de alumínio de alta resistência, titânio e materiais compósitos são exemplos de materiais que estão sendo cada vez mais utilizados em processos de conformação para aplicações críticas, como nas indústrias aeroespacial e automotiva, mostrando que a inovação está presente de ponta a ponta. Especificamente, os processos de conformação a quente, como o forjamento e a extrusão, beneficiaram-se de avanços em tecnologias de aquecimento. Fornos de indução, por exemplo, oferecem aquecimento rápido e uniforme, melhorando a eficiência energética e a qualidade do produto final. Além disso, técnicas como o aquecimento por micro-ondas e laser estão sendo exploradas para aplicações específicas.
Adotar essas tecnologias é cada vez mais uma necessidade para as empresas que desejam se manter competitivas em um mercado global cada vez mais exigente. Acompanhar essas inovações e integrá-las nas operações diárias será fundamental para o sucesso futuro da indústria de manufatura. Contar com parceiros que estão em linha com essa evolução é um dos caminhos para ações práticas e tomadas de decisões seguras.
Escrito por Fredy Schneider, Diretor comercial na SEMAC
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